Polícia Militar recebe representantes da JICA com palestras sobre policiamento comunitário em São José dos Pinhais, na RMC 21/01/2020 - 10:00

Marcia Santos

Jornalista Responsável

 

Representantes da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) apresentaram na Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) os resultados do Projeto de Polícia Comunitária na Guatemala. O evento aconteceu na tarde desta segunda-feira (20/01) e contou com a palestra de oficiais do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) e da Coordenadoria Especial de Mediação dos Conflitos da Terra (COORTERRA), focando no Programa Patrulha Rural.

 

Para o Coordenador Estadual de Polícia Comunitária, major José Renato Micrute, o workshop foi preparado para apresentar o trabalho de Polícia Comunitária que é desenvolvido pela Polícia Militar do Paraná aos representantes da JICA. “Nós temos uma parceria de mais de 15 anos com a Agência, interagindo e trocando experiências contribuindo na filosofia do policiamento comunitário. O Brasil inteiro, inclusive a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), acompanha e ajuda a desempenhar essa atividade”, disse.

 

De acordo com o Representante Residente da JICA Guatemala, Naotaka Yamaguchi, o projeto começou nos anos de 1990 em conjunto com o estado de São Paulo. “Hoje nós viemos até a APMG para apresentar os resultados que obtivemos na Guatemala, após três anos de projeto, já que a Polícia Militar do Paraná enviou vários oficiais bolsistas para nos auxiliar no projeto”, contou.

 

Durante a palestra da Oficial de Projetos da JICA Guatemala, Marta Ventura, ela apresentou os resultados positivos de três anos de projeto. “Nós escolhemos quatro subestações que iriam ser o nosso ponto de partida com a implementação da Polícia Comunitária”, disse.

 

Com o tema ‘Fortalecimento da Capacitação dos Recursos Humanos da Polícia através da Divulgação da Filosofia da Polícia Comunitária’, a Marta explicou que já foi possível reduzir os índices de criminalidade e de fortalecer a imagem da Corporação junto à comunidade. “Toda semana promovemos eventos com atividades recreativas para as crianças, assim trazendo à população para perto da polícia”, contou.

 

“Desde o começo fizemos visitas às casas das pessoas para poder nos aproximar delas, e muitas vezes, no início, eles fechavam as portas e as janelas. Com um trabalho feito aos poucos nós conseguimos conquistar a comunidade e fazer com que elas trouxessem até nós informações que ajudariam a prender criminosos”, continuou Marta. Ainda de acordo com a Oficial, em 2016 essas estações estudadas receberam 3.908 ligações, já em 2019 foram 8.641.

 

O capitão Íncare Correa de Jesus, da Coordenadoria Especial de Mediação dos Conflitos da Terra (COORTERRA), e o tenente Luiz Felipe Bianchi, do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), também palestraram sobre a atuação dessas duas unidades na Polícia Militar do Paraná.

 

O capitão Íncare falou ainda sobre o trabalho desenvolvido pelo COORTERRA e também pela Patrulha Rural Comunitária e suas ações junto à área Rural do estado. Ele apresentou o modus operandi e como ela foi pesada e aplicada no estado, além de apresentar a Cartilha de Segurança Rural. “Foi iniciado no ano passado o a central de monitoramento 24 horas na região rural de Palmas, onde câmeras de 75 propriedades, em vias, trevos e entroncamentos das estradas rurais, nos auxiliam nesse trabalho”, contou.

 

O tenente Bianchi explanou sobre as ações feitas pelo BPEC no dia a dia nas escolas. “Nós temos que ter um bom contato com os professores, com os alunos e mostrar que nós estamos ali para ajudar. Nós vamos de escola em escola fazer nivelamento com os profissionais todo início de ano letivo, é bem corrido, mas fazemos essa ação”, disse.

 

Participaram do workshop oficiais e praças, além dos cadetes da Escola de Oficiais e alunos do Curso de Formação de Soldados.

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