Marcia Santos
Jornalista Responsável

Um colete azul celeste passa a marcar os profissionais do Plantão Psicossocial da Diretoria de Pessoal da PM (DP). O uniforme foi adotado para identificar os integrantes durante os trabalhos de assistência religiosa, serviço social e psicológica a policiais e bombeiros militares e seus familiares. Em atividade desde 2016, a equipe se reinventou e, além do atendimento presencial, também utiliza a Internet para complementar o trabalho durante o período de pandemia do coronavírus.

Segundo a tenente Caroline Bail Rodrigues, que faz parte da equipe multidisciplinar, todas as atividades exercidas pelos integrantes do Plantão Psicossocial do Serviço de Assistência Social (SAS) são baseadas nos Primeiros Cuidados Psicológicos, também difundida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “O principal objetivo do Plantão Psicossocial é ajudar a acionar a parte saudável preservada do policial e do bombeiro militar, assim como seus recursos psicossociais, para que ele possa enfrentar os efeitos do estresse provocado por uma situação traumática”, explicou.

“Num primeiro momento o que fazemos é o acolhimento. Se a família ou o policial se sentir acolhido, já estamos fazendo o nosso melhor num momento de crise, de dor e angústia, e depois há uma continuidade do trabalho por meio da Psicologia e da Assistência Social com visitas e acompanhamento do policial e da família após o acontecido”, contou o sargento Vanderlei Rode.

Durante a pandemia, o Plantão Psicossocial, formado por policiais militares com formação acadêmica na área da psicologia, assistência social e teologia, passou a utilizar plataformas online para continuar os atendimentos, observando as recomendações do Conselho Estadual de Psicologia. “A essência do trabalho é dar uma sustentação num momento de grande dificuldade emocional que a pessoa passa. O serviço de psicologia visa um acolhimento imediato em termos emocionais para que a pessoa tenha o mínimo de estabilidade para suportar aquele momento difícil”, afirmou o cabo Joelson Carvalho de Sousa.

A ferramenta mais utilizada é o Skype, mas em situações em que o policial não tem habilidade com o aplicativo, são utilizadas outras formas de comunicação para que o resultado seja eficaz. “Certamente entendemos que quando há uma referência para que a família entenda qual é a proposta do trabalho, isso é muito significativo para um momento de dor, seja de um momento de luto, de enfermidade que nosso policial esta vivenciando, ou até seus familiares, então para nós como equipe a vinda desse uniforme é importante e valoriza o serviço do plantão e de quem recebe o atendimento”, disse o cabo Jonathan Lebedieff dos Santos.

UNIFORME – O serviço está em andamento desde 2016, mas neste ano foi feito um estudo para viabilizar a aquisição e uso de um uniforme para identificar os profissionais do SAS durante os atendimentos presenciais. “Optamos pela cor azul, que tem um significado voltado a paz e acolhimento, pois em alguns casos até mesmo a cor da roupa ou da farda influencia na aceitação da família ao nosso profissional”, destaca a tenente Caroline Bail Rodrigues.

COMO ACIONAR – O acionamento do Plantão Psicossocial pode ocorrer através do telefone da Seção de Ação Social (41) 3333-8328 / 3333-2787: após a coleta de dados para a Chefia, é realizado o acionamento da equipe para intervenção, seja de forma indireta, através de orientações por telefone, ou mesmo in loco, havendo, inclusive, o deslocamento ao local da ocorrência, abrangendo todo o Estado do Paraná.

Para o agendamento de atendimento psicológico, os militares estaduais devem enviar uma mensagem via WhatsApp para o telefone de agendamentos online da Seção de Assistência Social da Diretoria de Pessoal, no horário de expediente da Corporação: (41) 99821-2385. Por se tratar de uma conta comercial, não possui possibilidade de ligação.